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As agências de viagens compram cruzeiros à GlobalSea porque  “transmitimos confiança”

Por Editor, Há 16 horas em Notícias

As agências de viagens compram cruzeiros à GlobalSea porque “transmitimos confiança”

"Sócio gerente da GlobalSea CruiseXperts, Fernando Santos é um especialista na área dos cruzeiros. O Turisver falou com ele para saber como está a evoluir o mercado de cruzeiros, em termos gerais e, particularmente, em Portugal, e falámos, também, dos caminhos que a GlobalSea está a trilhar e das perspectivas para 2025.


in TURISVER  AV & TO, Cruzeiros "As agências de viagens compram cruzeiros à GlobalSea porque “transmitimos confiança”, revelou Fernando Santos ao Turisver"


Este está a ser um bom ano para as agências de viagens especializadas, concretamente para a GlobalSea, que é especialista na venda de cruzeiros?


A evolução dos últimos anos tem ido nesse sentido. Após a pandemia houve uma maior especialização deste cluster, deste nicho de mercado, e isso vai levar a que exista aqui uma diferenciação entre o melhor conhecimento e a melhor experiência que tem uma agência especialista e aquilo que uma agência generalista faz.


E quando digo especialista não me refiro apenas à venda de grupos, mas especialista porque se dedica, porque estuda, porque lê, porque conhece, dialoga sobre esta matéria, e quando se está mais focado numa determinada matéria, quando se tem mais clientes e mais oferta, fica-se mais focado nesse mercado.


Nos últimos 3, 4 anos deu-se, realmente, o surgimento de algumas agências que estão com este foco e, embora se contem pelos dedos das mãos, a evolução tem sido positiva. Surgem novos mercados, há uma maior apetência para novos tipos de viagens de cruzeiro, porque o cruzeiro pode ser encarado de várias formas: pode ser em família, pode ser em grupos e, dentro disso, podemos pensar em termos de itinerários, mais próximos e mais mais longínquos. Quem já fez tudo isso passa depois, provavelmente, para um nível de luxo, e o turismo de luxo está a surgir cada vez mais em Portugal, é um segmento que está em forte crescimento… 


E há até aqueles cliente que gostam de estrear navios… 


Sim, há clientes que gostam de estrear navios e isso abrange até várias tipologias de clientes: há os que preferem os navios maiores, os que preferem os navios mais antigos, os clássicos, ou que querem os navios mais recentes, ou seja, há vários tipos de características. 


Aquilo que tenho vindo a notar é que o turismo de cruzeiros está, por um lado, mais diversificado e mais massificado, mas, por outro lado, também há uma franja que estava aí e que está a passar para níveis diferentes – está a passar para níveis premium, a passar para o luxo, e até para uma outra coisa que eu acho que é muito importante, que é o turismo de expedição. 


Neste âmbito, aliás, estão a surgir algumas empresas – nós, GlobalSea, temos contratos, e somos, neste momento, GSA de empresas dessa área, e ocasionalmente vendemos mesmo para agências de viagem, o que significa que existe já alguma procura ao nível do turismo de expedição. 


Os cruzeiros de expedição são feitos em navios de menor dimensão, em que a relação do hóspede com o tripulante é uma relação de um tripulante e meio para cada hóspede. São navios com características diferentes e que fazem, normalmente, os polos, isto é, vão às Ilhas Svalbard, na Noruega, vão à Islândia, ao Ártico, fazem o Ártico todo, e depois passam para a Antártida e fazem a Antártida” 

O que é, exatamente, um cruzeiro de expedição? 


Os cruzeiros de expedição são feitos em navios de menor dimensão, em que a relação do hóspede com o tripulante é uma relação de um tripulante e meio para cada hóspede. São navios com características diferentes e que fazem, normalmente, os polos, isto é, vão às Ilhas Svalbard, na Noruega, vão à Islândia, ao Ártico, fazem o Ártico todo, e depois passam para a Antártida e fazem a Antártida. 


Até pelos itinerários que fazem, são navios que têm características diferentes, alguns têm helicópteros, outros têm submarinos, e a verdade é que as pessoas, neste momento, estão em busca de outro tipo de experiências. Não são clientes que busquem propriamente o jantar de gala, não querem apenas ter a noite branca e andar aos saltos, são pessoas que têm outro tipo de requinte e de interesses, que valorizam a natureza, valorizam o ambiente, e querem estar nestes locais porque já fizeram todas as outras coisas e este é o nível mais alto. 


Podemos, até, incluir aqui outro tipo de cruzeiros ou de itinerários com características diferentes, que têm a ver com os navios que fazem o turismo fluvial – os rios. Nós, aqui em Portugal, temos o Rio Douro, que é um dos sítios mais fabulosos para se fazer uma viagem destas – eu já fiz algumas no Douro, até a Espanha -, mas depois temos cruzeiros e itinerários fabulosos no centro da Europa.


Nós, na GlobalSea, trabalhamos diretamente com uma companhia que tem esse tipo de mercado. É a descoberta das cidades, é o slow cruise, como eu costumo chamar, o cruzeiro lento, que permite admirar as paisagens, ficar mesmo no centro das cidades e este é, também, um segmento que eu sinto que está a crescer. 


Os seus colegas agentes de viagens que tenham clientes para um cruzeiro mais específico como este, que não têm praticamente ninguém a vendê-los em Portugal, podem contactar com a vossa agência? 


Podem e devem, aliás, para a maior parte deste tipo de viagens, quer sejam viagens de luxo, viagens de expedição, sobretudo, ou de rio, há agentes de viagens que já nos contactam. O mercado não é assim tão grande, e nós somos contactados por agentes de viagens do norte, das ilhas e sobretudo do centro. 


Temos também clientes de Lisboa diretos, nossos, mas temos agências que nos contactam, que sabem da nossa especialização, sabem que estamos ligados à área da formação, e também à área da comunicação e, portanto, começamos a ser um “rosto” que encabeça uma empresa que, de alguma forma, conhece estas áreas e, portanto, transmitimos confiança nesse aspeto. 


“Olhamos para os mercados internacionais, sim, nomeadamente com a Shore2Shore, de que somos representantes em Portugal e no Brasil. Temos a shore2shore.pt e temos a shore2shore.com.br, focada no mercado brasileiro e temos bastante negócio com o Brasil”

Nós já assistimos a companhias que vendiam muito bem em Portugal, e que, de repente, começaram a cair em termos de vendas no nosso país, e temos outras, como é o caso da MSC Cruzeiros que tem crescido imenso em Portugal. Isso depende mais de quem comercializa o produto ou do cliente que chega e diz que quer fazer um cruzeiro nesta companhia? 


Eu acho que é um misto das duas, aliás, até digo que existem três vetores. Eu diria que temos um triângulo que é a companhia que facilita e que proporciona condições interessantes para o cliente através do seu serviço de qualidade, que tem condições comerciais com as agências de viagens, e o cliente. Claro que tudo isto é suportado numa grande máquina de comunicação, que todos nós sabemos que existe, e suportado, também, no próprio cliente que recebe vários impactos: impactos que vêm da agência, impactos que vêm da própria companhia que está a fazer contatos diretos com os clientes e o próprio cliente diz “esta é a solução que eu quero, é isto que eu quero fazer”. E, portanto, há aqui um misto de relação comercial, de relação de comunicação, e de fator de preço, e tudo isso permite que as companhias tenham tido agora uma evolução muito interessante. 


A GlobalSea está a olhar um pouco também para fora de portas, em termos de possibilidades do negócio? 


Olhamos para os mercados internacionais, sim, nomeadamente com a Shore2Shore, de que somos representantes em Portugal e no Brasil. Temos a shore2shore.pt e temos a shore2shore.com.br, focada no mercado brasileiro e temos bastante negócio com o Brasil. E aí temos um site que está adaptado e criado à imagem daquilo que é o cliente brasileiro, com os preços a serem dados em Reais, temos formas de pagamento específicas para o Brasil, a própria forma como o site está escrito, com palavras que são mais usadas pelo português do Brasil e não pelo português de Portugal, temos até as cores adaptadas, mais ligadas à própria bandeira do Brasil… portanto, estamos muito focados nisso e agora, nesta Convenção da GEA temos, inclusive, as portas abertas para fazer isso, já temos acordos feitos com grupos de gestão no Brasil. 


Por norma, os cruzeiros marcam-se com alguma antecedência, mais do que os outros tipos de viagens. Isso continua a ser assim? 


Não só continua como eu acho que o são cada vez mais. Os cruzeiros mais caros, e estamos aqui a falar de cruzeiros dos 5.000 euros para cima, por pessoa, são marcados com uma grande antecedência. Aliás, posso dizer que, neste momento, as reservas que temos para 2025 são todas para cruzeiros acima dos 5 mil euros. Também já tenho reservas para 2026 com valores superiores a esses – estamos aqui a falar de ticket na casa dos 10, 12, 15 mil euros por pessoa. 


Eu diria que os cruzeiros mais caros se marcam cada vez mais com maior antecedência e por várias razões: há a questão da oportunidade, a questão de se escolher a viagem que se quer, o camarote ou a suíte que se quer, e não ir à procura de uma BlackFriday. E depois há aqueles cruzeiros de valores mais económicos, mais standard diria, que se marcam com dois, três ou quatro meses de antecedência. E essa também é um bocado a pedagogia que fazemos, não só nos cruzeiros em si, mas também nas excursões de cruzeiros. O que recomendamos fazer, quando se marca o cruzeiro, conforme se marca o avião, com cerca de 11 meses de antecedência, também se devem marcar de imediato as excursões, porque às vezes, quando se chega a bordo já não há excursões, e nós, como as nossas excursões são feitas em espanhol ou em português, são mais fáceis de se poderem manter. 


Com o que já tem vendido, as perspectivas são de um crescimento continuado para 2025, em termos da empresa? 


Admito que sim, porque em número de reservas sou capaz de ter um número idêntico ao que tinha no ano passado por esta altura, mas a nível de valor por reserva é muito superior. Isto é o que deixa uma margem maior, que deixa, sobretudo, uma garantia, para que o próximo ano seja um ano ainda mais positivo."

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Editor

- FernandoJSantos - A contemplação do MAR e o imaginário sobre VIAJAR para OUTRAS PARAGENS, conhecer outras CULTURAS e viver novas eXperiências levou-me a fazer o primeiro cruzeiro há cerca de 20 anos. A criação do infoCruzeiros (primeiro portal de cruzeiros em português) com muitos milhares de seguidores e contribuidores ativos; Ter dado Formação Certificada para Ag. de Viagens (APAVTform); Ter sido Autor e Produtor da série de TV - CRUZEIROS, na SIC Noticias e SIC Internacional, o que ajudou a conhecer pessoas fantásticas e destinos fabulosos pelo mundo, durante dois anos; Ter fundado a GlobalSea, Ag. de Viagens Especialista no Turismo de Cruzeiros, foi determinante para ser frequentemente convidado a partilhar Estórias em escolas técnicas e universidades e com regularidade escrever artigos e conversar com os meios de comunicação generalistas e de turismo. Assim, ultrapassei a barreira dos 100 cruzeiros, entre viagens em muitas companhias de cruzeiros, apresentações de novos navios e inaugurações de navios de cruzeiros em muitos paragens de Oeste a Leste e de Norte a Sul. Sou Viajante de Cruzeiros e Destinos, e continuo a precisar de Contemplar o Mar e querer Conhecer Novas Culturas e Pessoas!

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